JOVENS DESPERTAM ATENÇÃO – MERCADO DE LUXO

Quando se fala no setor de luxo, pouco é mencionado acerca do público jovem. Mas, para Christina Smedley, líder global da prática de consumo e marketing da Edelman, esse é um mercado chave. A executiva veio ao Brasil participar da Conferência Atualuxo 2011 e falar especialmente sobre a geração Millenium, os nascidos entre 1980 e 1995. Christina apresentou pesquisa realizada pela Edelman com 3,1 mil jovens em oito países (Canadá, China, Alemanha, Índia, Itália, Reino Unido, Brasil e EUA) sobre quem são os jovens do século XXI e qual relacionamento mantêm com as marcas. Hoje, as preferidas do público feminino jovem são Louis Vuitton e Chanel. Já o masculino elegeu Apple e BMW como marcas de luxo.

Embora o poder de compra desse target seja natualmente menor que o dos consumidores economicamente ativos, Christina acredita que ele seja o mais influente consumidor de luxo. Para atingi-lo, no entanto, é preciso entender quem é a geração “80/95ers” e como se aproximar dela. “Chamamos os jovens atuais de Millenials. Mas os jovens não são apenas o estereótipo de Justin. São importantes para girar o mercado e desejam ser tratados como tal. Não querem que as empresas os vejam como irresponsáveis”, argumentou.

Christina aponta que a nova geração é multicultural, criativa e conectada, além de movimentar bilhões na economia mundial. No último ano, os universitários gastaram US 306 bilhões. A participação dessa faixa etária na população global também é surpreendente. Dados do Banco Mundial apontam que, em 2015, 47% dela estará abaixo dos 25 anos. Entendê-los pode ajudar agências e anunciantes a construírem abordagem coerente e efetiva.

“A nova geração é mais inclinada a recomendar produtos. Os jovens atuais são envolvidos com cultura pop e com atividades que poderiam compeli-los a testar novas marcas e dividi-las com seus amigos”, aponta a pesquisa.
Para influenciá-los, informação é a palavra-chave. Metade dos jovens pesquisados usam pelo menos quatro fontes de pesquisa antes de adquirir produtos e 10% usam até 25 fontes. O mais surpreendente é que o online não é o principal meio utilizado na tomada de decisões. “Estamos aficionados que social media é fundamental, mas família e amigos respondem por mais de 70% de influência quando eles precisam tomar decisões de compra”, revela Christina.

LEALDADE

Nos oito países pesquisados, 86% das pessoas ouvidas apontaram que estariam mais inclinadas a dividir dados sobre marca que aprovam do que a compartilhar qualquer outra informação pessoal. Os jovens também são os consumidores mais leais: 70% comprariam novamente produto que aprovassem. Segundo Christina, essa predisposição em construir relacionamento duradouro com as marcas é uma informação valiosa para as empresas. Cativar esse mercado significaria ter uma legião de consumidores fiéis no longo prazo. “Os Millenials acreditam que irão mudar o mundo. A geração passada também pensava isso. Mas a atual tem mais pessoas, mais tecnologia e é mais confiante”.






Fonte: PROPMARK 30 de maio

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